A exposição Mulheres Atingidas por Barragens: bordando direitos ocupa o mezanino do MASP até o dia 3 de agosto de 2025 com obras que traduzem a força e a resistência de mulheres de diversas regiões do Brasil.

Criada pelo Coletivo Nacional de Mulheres do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), a mostra reúne 34 arpilleras — bordados confeccionados coletivamente como forma de denúncia contra violações de direitos humanos e socioambientais.
A técnica, que nasceu no Chile nos anos 1960, se tornou símbolo da luta de mulheres por justiça social durante a ditadura de Pinochet.
No Brasil, o MAB passou a utilizá-la em 2013 para representar a realidade das mulheres impactadas por grandes empreendimentos hidrelétricos e, mais recentemente, por desastres climáticos.
Bordado como Instrumento Político e Poético
As arpilleras, feitas sobre juta com recortes de tecido bordados, abordam temas como:
- Violência doméstica e institucional;
- Perda do vínculo com a terra;
- Poluição de rios e escassez de água potável;
- Impactos da pesca e da agricultura familiar;
- Violação de direitos coletivos.
Cada obra é acompanhada de uma carta manuscrita da autora, guardada no verso da peça — revelando a dimensão emocional, comunitária e política do processo criativo. Seis dessas cartas estão disponíveis na exposição.
“É denúncia, mas também é um projeto de esperança”, diz Daiane Höhn, militante do MAB e uma das artistas presentes na exposição.
Oficina Gratuita de Bordado com o Coletivo do MAB
Além da exposição, o MASP recebeu o coletivo para duas oficinas especiais de arpilleras — com foco na troca de experiências, memória e resistência através do bordado. Confira:
- 12 de abril (sábado) – já realizada com participação de Caroline Mota Laino e Daiane Carlos Höhn, ativistas do MAB
- 27 de abril (domingo), das 10h30 às 13h30 – ainda dá tempo de participar!
As oficinas são gratuitas, abertas ao público e oferecem uma vivência direta com as mulheres do movimento. Para participar, é necessário fazer a inscrição antecipadamente no site oficial do MASP.
Curadoria e Programação 2025 no MASP
Com curadoria de Glaucea Helena de Britto (curadora assistente, MASP) e Isabella Rjeille (curadora, MASP), a mostra integra a programação anual do museu dedicada às Histórias da ecologia.
O evento inclui ainda exposições de nomes como Claude Monet, Frans Krajcberg, Hulda Guzmán e Abel Rodríguez, além do lançamento de um catálogo bilíngue com imagens das arpilleras e ensaios de autoras como Roberta Bacic e Carolina Caycedo.
O que Torna essa Exposição em SP Imperdível?
- Representa a força das mulheres em luta por direitos;
- Une arte têxtil, história e ativismo em um mesmo espaço;
- É uma oportunidade única de conhecer a produção de base comunitária com reconhecimento museológico;
- Está dentro de uma programação anual focada em temas socioambientais contemporâneos.

Ingressos para Mostra: Mulheres Atingidas por Barragens
Tipo de ingresso | Valor |
Inteira | R$ 75 |
Meia-entrada | R$ 37 |
Terças | Grátis |
Horários de Funcionamento do MASP
Para quem deseja aproveitar o tempo livre e, assim, visitar a mostra com tranquilidade, o MASP oferece diferentes opções ao longo da semana — com entrada gratuita em dias selecionados:
Dia da Semana | Horário de Funcionamento | Observações |
Terça-feira | 10h às 20h | Entrada gratuita o dia todo |
Quarta e quinta-feira | 10h às 18h | Entrada paga |
Sexta-feira | 10h às 21h | Entrada gratuita das 18h às 20h30 |
Sábado e domingo | 10h às 18h | Entrada paga |
Segunda-feira | Fechado | — |
Serviço Completo da Mostra Têxtil no MASP
A exposição “Mulheres Atingidas por Barragens: bordando direitos” ocupa o mezanino do MASP com obras que unem arte, denúncia e memória. É uma experiência sensível e necessária sobre justiça socioambiental.
Exposição: Mulheres Atingidas por Barragens: bordando direitos
Local: MASP — Avenida Paulista, 1578 – Bela Vista, São Paulo (SP)
Data: Até 3 de agosto de 2025
Agendamento obrigatório: masp.org.br/ingressos
Contato: imprensa@masp.org.br
Instagram: @masp
A mostra traz protagonismo feminino e crítica social em formato têxtil, destacando histórias que normalmente ficam à margem. Ideal para quem está tirando dias de folga e busca cultura com propósito, além de uma arte engajada no coração de São Paulo.
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Fontes: MASP, Alma Preta, Jornal de Jundiaí, MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), Brasil de Fato, Art Soul.